A campanha Outubro Rosa foi fundada nos anos noventa pela maior e mais bem financiada organização de câncer de mama nos Estados Unidos: Susan G. Komen for the Cure.
A ideia é conscientizar e alertar as mulheres sobre o câncer de mama, fatores de risco e métodos preventivos, além de instituições proporcionarem fácil acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento, contribuindo para a redução da mortalidade.
Afinal, apesar de ser o tipo de câncer que mais mata mulheres no mundo, muitas pessoas deixam de se prevenir, se atentar aos fatores de risco e de buscar conhecimento sobre a doença e seus aspectos.
O intuito deste texto é tirar algumas dúvidas sobre a doença, porém, nenhuma informação encontrada aqui substitui a necessidade de uma consulta médica caso algum sintoma se apresente.
CONHEÇA SEU CORPO
Cada mama é única, em formato, tamanho e detalhes, e é comum que uma das mamas seja maior do que a outra ou que elas tenham formatos diferentes.
Como os sintomas iniciais do câncer de mama são alterações na estrutura da mama, o primeiro passo para se prevenir é conhecer o próprio corpo, identificando o que é e o que não é normal em suas mamas.
A detecção precoce é extremamente importante para o tratamento e a recuperação do paciente, aumentando muito as chances de superar a doença.
Portanto, antes de tudo, conheça o seu corpo. Crie o hábito de observar e tocar as mamas, procurando por irregularidades.
A mamografia é um exame eficiente na detecção de tais irregularidades, entretanto, o exame possui riscos e não é indicado para mulheres abaixo dos 35 anos. O ideal é que mulheres entre 50 e 69 anos façam o exame a cada dois anos, e que mulheres que possuem fatores de risco comecem exames anuais a partir dos 35 anos de idade.
No entanto, é importante que todas as mulheres criem o hábito de conhecer seu corpo logo cedo, podendo assim identificar qualquer problema logo que eles surgirem.
OS SINTOMAS
Mas pelo que você deve procurar? Os sintomas do câncer de mama podem ser alarmantes, como também discretos quando a doença está no início de seu desenvolvimento. Existem diversos tipos de câncer de mama, e cada tipo se desenvolve de uma forma no organismo. Independente disso existem sintomas em comum que aparecem na maioria dos casos, e eles são:
- Nódulo fixo e indolor;
- Alterações no mamilo;
- Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos;
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
- Pele da mama avermelhada, retraída.
O nódulo é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos diagnosticados. É o primeiro indício de que o câncer está se desenvolvendo e, normalmente, é o sintoma mais identificado pelas pacientes.
OS FATORES DE RISCO
Existem múltiplos fatores de risco. A idade é um dos mais relevantes, pois estima-se que quatro em cada cinco casos ocorram antes dos 50 anos.
Outros fatores conhecidos são os genéticos e hereditários, como históricos familiares de câncer de ovário ou de mama (principalmente antes dos 50 anos, tanto em homens quanto em mulheres) e alterações genéticas.
Fatores hormonais e reprodutivos também são muito relevantes. Mulheres com a primeira menstruação antes dos 12 anos ou que pararam de menstruar após os 55 anos entram neste grupo de risco. Não ter gerado filhos ou ter a primeira gravidez após os 30 anos também conta, assim como o uso de contraceptivos hormonais ou reposição hormonal, principalmente pós-menopausa e com uma duração de mais de 5 anos.
Muitos desses fatores são incontroláveis, porém, também existem fatores ambientais e comportamentais que agravam os riscos.
Obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas e exposição frequente a radiações ionizantes (Raio-X) são os mais relevantes.
Portanto, apesar de você não conseguir influenciar seu histórico familiar, ou controlar quando vai parar de menstruar, é possível adotar um estilo de vida saudável que reduz as chances da doença se desenvolver.
PREVENÇÃO
É estimado que cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados se a mulher adotar hábitos saudáveis.
Portanto, pratique atividades físicas regularmente e procure sempre manter o peso corporal adequado, principalmente após os 50 anos de idade.
Uma boa alimentação é indispensável, assim como a redução do consumo de bebidas alcoólicas. É dito que a amamentação é um fator preventivo, mas isso não é verdade. Amamentar, na verdade, é um fator de proteção contra o câncer de mama, portanto, não ter amamentado promove a perda de um fator de proteção, o que é bem diferente de ser um fator de risco.
Evite, também, o uso de anticoncepcionais ou terapias de reposição hormonal, pois eles aumentam as chances de desenvolvimento do câncer de mama.
Nunca é tarde para conhecer o próprio corpo e se atentar aos fatores de risco. O intuito da campanha é conscientizar as mulheres sobre um estilo de vida saudável, preventivo, e sobre como elas podem conhecer o próprio corpo e ficarem alertas a qualquer alteração. Converse com suas amigas e parentes, fale sobre o assunto e promova discussões saudáveis e a disseminação de informações que podem vir a salvar milhares de vidas.
Fonte: Inca.cov.br